As criptomoedas têm uma falta de regulamentos e que forma de supervisão é a mais adequada para esse novo e complexo espaço digital? Esses assuntos foram discutidos em diversas audiências sobre as criptomoedas, que ocorreram no Comitê de Serviços Financeiros na Câmara dos Deputados dos EUA.

Um dos pontos que causam controvérsia é uma tentativa de determinar a diferença das criptomoedas. Kristin Parker, uma parceira do Reed Smith LLP, declarou que um detalhe importante que precisa ser decidido é à qual categoria de ativos as criptomoedas pertencem.

É importante prestar atenção às características básicas do token, incluindo quaisquer problemas no token em si, para poder determinar se é uma security, commodity ou nenhuma das duas. Além disso, é necessário estudar os fatos em cada caso específico.

É muito mais fácil lidar com duas das criptomoedas mais populares, especificamente o Bitcoin e o Ethereum.

Vale notar que o Bitcoin e o Ethereum são commodities. Peter Van Valkenburgh, diretor de pesquisa no Coin Center, explicou que os cripto ativos pertencem aos contratos de investimento e sua emissão e negociação são reguladas pelo SEC.

Ele afirmou que o Bitcoin é a primeira commodity digital do mundo, para a qual os investidores norte-americanos estão recorrendo aos fundos especulativos contra a inflação.

Além disso, o governo federal não precisa intervir e apoiar o mercado de criptomoedas durante episódios anteriores de volatilidade.

Os principais problemas discutidos foram a presença de fundos especulativos no cripto espaço. O problema da participação desses fundos nas criptomoedas é que eles têm a possibilidade de negociar em qualquer direção usando a alavancagem.

A situação é complicada pelo fato que os reguladores estão tendo dificuldades quando se trata das posições dos fundos privados nas criptomoedas, já que não há uma maneira formalizada de descobrir quantos fundos especulativos há nas criptomoedas. E isso cria um risco sistêmico.

Portanto, os especialistas financeiros abordaram a questão da necessidade de novos reguladores no cripto mercado, destacando a confusão e a falta de supervisão.

Essa falta de claridade regulatória prejudica os investidores varejistas, criando também confusão ao introduzir novos produtos ao mercado.

Houve muitas questões relacionadas às moedas estáveis e à falta de regulação.

Goldstein declarou que a moeda digital do Banco Central CBDC é uma das soluções aos riscos associados às moedas estáveis.

Falando sobre a CBDC, Sarah Hammer, diretora-geral do Centro Stevens para Inovações Financeiras na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, disse que os maiores riscos serão relacionados à confidencialidade.