Os eventos desta semana demonstram que os investidores não têm muita certeza de que o Fed conseguirá resistir à pressão dos problemas econômicos, com o fardo da pandemia da COVID-19.

O discurso do presidente do Fed, J. Powell, no Congresso, assim como a publicação dos dados da inflação dos EUA, foram os principais eventos que influenciaram os mercado e continuarão a influenciar a divulgação desses macro indicadores até o final do inverno.

Então por que os mercados não estão muito confiantes com o Fed e Powell?

Apesar das garantias regulares dos representantes do Fed e Powell, de que as pressões inflacionárias no país serão temporárias, os investidores ainda não acreditam nisso. Eles veem as estatísticas econômicas que são divulgadas, que não são impressionantes e parecem entrelaçadas, já que alguns valores da economia do país mostram dinâmicas positivas, enquanto outras mostram negativas. A situação dos empregos e da inflação está completamente relacionada a essa situação negativa. Mais cedo, foi repetido que bombear o "dinheiro de helicóptero" à população norte-americana provocada pela COVID-19 levou ao fato de que os segmentos da população de baixa renda não estão com pressa de trabalhar e preferem viver com os benefícios; pois então, há a falta de uma recuperação notável no mercado de trabalho e um crescimento total da economia como um todo. Infelizmente, o dinheiro recebido nas contas dos norte-americanos está sendo gasto com vigor, o que é o motivo para o aumento da inflação aos níveis não vistos desde 13 anos.

Em nossa opinião, a situação só pode mudar ao cessar de estimular a demanda entre a população. Isso significa parar de emitir os benefícios gradativamente, assim como não bombear recursos financeiros às empresas. Esse é o motivo pelo o qual os investidores duvidam que o Fed manterá sua retórica sobre a inviolabilidade do rumo atual da política monetária. Nesse caso, esperamos uma redução gradual das medidas de suporte, mesmo que não tão ativa e claramente na primeira etapa.

A inflação não desaparecerá até a causa ser eliminada e, como já mencionamos acima, ela é o fornecimento de dinheiro sem garantia à população.

Acreditamos que, se o Fed falhar a canalizar completamente a inflação americana, algo que está tentando fazer freneticamente, a situação não melhorará sem uma mudança na taxa de câmbio. Portanto, esperamos a continuação de uma correção de baixa nos mercados de ações e um aumento na demanda para ativos protetores, como o ouro, dólar, yen e franco. Em vista disso, os preços de commodities muito provavelmente permanecerão pressionados, enquanto os preços do petróleo bruto também pode ser ajustados para baixo.

Esses são eventos no futuro próximo. Mas por agora, ainda espera-se que o dólar dos EUA consolide-se em meio à dinâmica do Tesouro em relação às maiores moedas, o comportamento inquieto de índices de ações e um crescimento suave e estável no preço do ouro.

Previsão do dia:

O par USD/CAD está sendo negociado acima do nível de 1,2550. Outra queda no preço do petróleo bruto empurrará o par em direção ao nível de 1,2650.

O par XAU/USD continua subindo em direção aos alvos previamente definidos. Acreditamos que uma consolidação acima do nível de 1820,00 levará a um maior crescimento até 1837,00, depois para 1852,00.