Hoje de manhã, discutimos as chances de que os dados sobre o emprego nos Estados Unidos pudessem ser menos favoráveis. Do meu ponto de vista, havia condições prévias de que os dados reais acabariam sendo bastante fracos. Na prática, o relatório não era apenas pobre - acabou se revelando um fracasso total. A economia dos EUA acrescentou apenas 235 mil empregos em agosto, muito mais fracos do que o crescimento esperado de 750 mil empregos. Assim, o número real foi três vezes menor do que o crescimento projetado. No entanto, o crescimento do emprego no mês anterior foi aumentado para 1.053 milhões de empregos, de 943 mil na estimativa provisória. No entanto, o valor para agosto ainda é muito baixo. Notavelmente, há um lampejo de esperança para os mercados de ações e moedas.

O dólar americano caiu globalemnte em resposta. Na verdade, a queda poderia ter sido bem mais acentuada. Talvez isso aconteça até o final do dia de negociação. No momento da escrita deste artigo, o EUR/USD já subiu 40 pips e o GBP/USD também ganhou os mesmos 40 pips. Em outras palavras, não podemos dizer que o relatório crucial sobre o mercado de trabalho dos EUA tenha provocado turbulência no mercado. Ainda assim, tudo pode acontecer mais tarde hoje. Estou lhes contando sobre a resposta imediata do mercado. No entanto, o mercado parece bastante entediante.

Quando se trata do mercado de ações dos EUA, os principais índices de ações não foram afetados pela pobre folha de pagamento dos trabalhadores não agrícolas "NFP". O S&P 500, o Nasdaq, e o Dow Jones ainda estão negociando em seus máximos históricos, aparentando estar prontos para estender sua série de vitórias.

No contexto destes desenvolvimentos, podemos concluir que a probabilidade de um estímulo monetário mais forte em setembro é muito menor à luz das baixas folhas de pagamento dos trabalhadores não agrícolas. É muito provável que o Federal Reserve decida esperar alguns meses para ter uma oportunidade de avaliar os dados macroeconômicos para setembro. Além disso, o Banco Central dos EUA quer analisar a dinâmica da inflação nos últimos meses. Caso a inflação do consumidor diminua sua aceleração, isto assegurará que o Fed deve evitar a redução do programa de compra de títulos no futuro próximo.

Outro cenário é que o regulador pode anunciar em setembro que começará a reduzir o volume de compras de obrigações, por exemplo, a partir de dezembro. As últimas folhas de pagamento não agrícolas não excluem a possibilidade de que o Fed dos EUA não discuta o programa de QE na reunião de política em setembro. É claro que existem diferentes opções, mas a probabilidade de se tornar mais rigoroso o programa de QE no futuro próximo é muito menor agora. Vamos esperar pelos dados de inflação para agosto, que devem ser entregues em 14 de setembro.