Hoje, a temporada de relatórios começa nos Estados Unidos. JPMorgan e Goldman Sachs serão os primeiros, o que provavelmente dará o exemplo da avaliação de riscos geral nos próximos dias. Está previsto que os relatórios serão positivos, com os índices S&P 500 e NASDAQ registrando novas altas.

Na entrevista de ontem com a Bloomberg, a presidente do BCE, Christine Lagarde, sugeriu que os investidores devem preparar-se para um novo guia de estímulo monetário em 10 dias, falando também que novas medidas podem ser tomadas no próximo ano para apoiar a economia da UE, após o final do programa de recompra da títulos. Lagarde disse que a reunião do BCE em 22 de julho oferecerá variações e mudanças interessantes. Ela espera que o plano atual do BCE, de comprar títulos por 1,85 trilhões de euros, será válido pelo menos até março de 2022, mas pode er seguido por uma "transição para um novo formato". Esse plano ainda está incerto, as a sugestão foi aceita pelos traders. A probabilidade de fortalecimento do euro caiu.

Hoje, a ideia dominante pode ser a continuação do crescimento do petróleo e ouro, enquanto o dólar dos EUA estará sob pressão.

NZD/USD

O Banco ANZ presume que o RBNZ está pronto para começar a reduzir os incentivos no futuro próximo. O primeiro crescimento, para 0,5%, pode ocorrer até novembro, após o qual continuará em cada nova reunião, atingindo o nível de 1,75$ no início de 2023.

Tal declaração tão usada e agressiva é justificada pelo forte crescimento econômico, que pode resultar em um superaquecimento. O mercado de trabalho já está onde o RBNZ precisa, isso é, em um nível próximo do nível máximo de empregos. O ANZ espera que a inflação esteja em 3% no terceiro trimestre, o que significa que as pressões inflacionárias aumentarão.

Portanto, está previsto que o RBNZ começará a sacar fundos do estímulo e elevar a taxa muito antes do Fed. Essa é uma previsão de touros, já que presume um aumento na lucratividade real para o NZD, mas o surpreendente é que os mercados financeiros ainda não atingiram-na, de forma alguma. O diferencial de rendimento entre os títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA e da Nova Zelândia está quase estável. Também não há demanda para a moeda, o que pode indicar que os investidores não acreditam realmente em tais previsões ainda. Os EUA têm uma alta inflação, mas o Fed a considera como temporária. Agora, o que impede que o RBNZ diga o mesmo e elimine as previsões agressivas?

O relatório do CFTC mostrou mudanças semanais mínimas. O preço estimado está abaixo da média a longo prazo e não faz nenhuma tentativa de subir. Muito provavelmente, o momento de crescimento do dólar da Nova Zelândia ainda não chegou.

O dólar da Nova Zelândia está na zona de consolidação. Pode-se presumir que uma saída de baixa é mais provável. Esperamos que ele rompa o nível de suporte em 0,6915 e depois mova-se para 0,6795.

AUD/USD

O índice do ambiente de negócios da Austrália caiu 12p em junho para + 24p, movido por uma queda nos sub-índices comerciais, de rendimentos e de empregos. Apesar do fato de que o índice ainda permanece em um nível bastante alto, há uma ameaça de maior crescimento nos casos de coronavírus, que levará a uma maior queda nos indicadores.

Durante a semana de relatórios, a posição curta líquida do AUD aumentou. A correção totalizou 527 milhões e a posição curta em si aumentou para -1,865 bilhões. Há diversas preocupações em variadas áreas, que são a queda geral na demanda para risco, a falta de uma procura forte da China e um aumento notável nos casos de COVID-19, apesar de boas taxas de vacinação.

O preço estimado está direcionado para baixo com confiança e ainda não há sinais de uma inversão.

O par AUD/USD está em um canal descendente e há uma queda para o nível de 0,7415 (23,6% do crescimento anual). Uma possível correção de alta está limitada pela zona de 0,7530/60. Ao entrar, deve-se buscar uma oportunidade de vender. O alvo mais próximo é de 0,7320/40.